12.03.2011/Kyodo/Reuters
Helicóptero resgata moradores de Minamisanriku, após o tsunami que devastou a cidade japonesa
Região concentra 90% de todos os terremotos no mundo, e os mais intensos
Tremores de terra não são novidades no Japão. Também são parte do cotidiano dos chilenos e dos moradores do Estado americano da Califórnia. É que todos esses locais fazem parte da região chamada Anel de Fogo do Pacífico, que concentra 90% de todos os abalos sísmicos do mundo.
Foi nessa região que ocorreram os mais intensos terremotos já registrados. O maior deles foi em 1965, no Chile, atingindo 9,5 graus na escala Richter. Em 2004, um terremoto de 9,2 graus próximo à ilha de Sumatra, na Indonésia, causou um tsunami que deixou mais de 200 mil mortos em vários países do sudeste asiático.Em 2010, o Chile foi atingido por um tremor de 8,8 graus. Nesta semana foi a vez do Japão ser abalado por um terremoto de 9 graus.
O Anel de Fogo compreende a costa oeste das Américas, assim como a costa leste do Japão, o sudeste asiático, a Austrália e a Nova Zelândia. Tamanha agitação sísmica é resultado do choque da placa tecnônica do Pacífico com placas menores como a de Nazca, Cocos e Juan de Fuca (nas Américas), além das placas das Filipinas e da Austrália.
A grande maioria dos tremores ocorre justamente na fronteira entre as placas, que estão em constante deslocamento e se chocam uma com as outras. Esses movimentos dão origens aos terremotos e, consequentemente, aos tsunamis, também chamados de maremotos.
O que são placas tectônicas?
As placas tectônicas são parte da crosta terrestre. Elas formam a parte “externa” do planeta, já que o interior da Terra ainda é formado por magma, ou rocha derretida.
É esse o material expelido na erupção dos vulcões, que se localizam, justamente, no limite entre as placas tectônicas, grande parte deles no Anel de Fogo do Pacífico.
Isso significa que as placas têm movimentos independentes, pressionando uma às outras, causando terremotos, tsunamis e erupções.
O Brasil está localizado no centro da placa sul-americana. Isso explica por que estamos livres de grandes terremotos. Mesmo assim, o país registra pequenos tremores, mas a maioria nem sequer é percebida, por ser de baixíssima intensidade.
