É a segunda nave japonesa a atracar na estação, e a primeira de quatro a chegar lá no período de um mês.
A chegada reforçou a confiança na capacidade de a ISS continuar em funcionamento depois que a Nasa (agência espacial americana) aposentar sua frota de ônibus espaciais, dentro de cerca de seis meses, após mais dois ou três voos.
Caberá então às naves japonesas HTV-2, aos Veículos Automatizados de Transferência (ATV) europeus e às cápsulas Progress, da Rússia, continuarem abastecendo a ISS.
A Estação Espacial Internacional é uma plataforma que fica a cerca de 350 km da Terra e serve para experimentos científicos. Seu projeto de construção, que custou o equivalente a R$ 167 bilhões (US$ 100 bilhões) e envolve 16 países, começou há 12 anos.
A Nasa espera que a partir de dezembro naves comerciais possam ser alugadas para também levar mantimentos à estação. Já o transporte de tripulantes será exclusividade dos módulos russos Soyuz, ao custo de US$ 51 milhões de dólares por passageiro.
A nave japonesa foi lançada no último sábado (22) a bordo de um foguete H-2B, no Centro Espacial Tanegashima, no sul do Japão.
Nesta quinta-feira (27), ela pairava a cerca de 10 m da Estação, enquanto a engenheira de voo em órbita, Catherine "Cady" Coleman, manobrava o braço robótico da plataforma para "laçar" a nave japonesa, que pesa quase 16 toneladas. Ela foi então atracada ao módulo Harmony da Estação.
Para esta sexta-feira (28), há a previsão de que os seis tripulantes da ISS descarreguem as 3,2 toneladas de carga que a Kounotori transportou.
A carga seguinte vem logo depois. Um foguete russo Progress deveria decolar ontem de Baikonur, no Cazaquistão, para chegar amanhã à estação.
O segundo ATV europeu, batizado de Johannes Kepler, está sendo preparado para o lançamento em 15 de fevereiro. No dia 24 de fevereiro, será a vez de a Nasa tentar lançar o ônibus Discovery, levando peças de reposição e um módulo de armazenamento, entre outros itens.