Viajando a vários quilômetros por segundo, detritos são sérias ameaças aos astronautas
Nasa
A
tripulação da Estação Espacial Internacional teve de se refugiar em
cápsulas de fuga de emergência temendo uma colisão com um pedaço de lixo
espacial.
Os detritos estão ao redor de todo o planeta
O detrito, um pedaço descartado de um foguete russo, foi detectado na
sexta-feira (23), quando já era tarde demais para mover a estação
espacial.
A agência espacial americana, a Nasa, afirmou que o detrito não
chegou a se aproximar tanto da estação a ponto de constituir uma ameaça,
mas acrescentou que foi preciso tomar medidas de precaução.
Foi a terceira vez em doze anos que a Estação Espacial Internacional enfrenta o risco de ser atingida por lixo espacial.
Em junho, um detrito chegou a 335 metros da plataforma espacial.
Segundo a agência espacial russa, o pedaço de foguete deste sábado passou a uma distância de 23 km da estação.
"Exercício de abrigo"
A plataforma espacial atualmente conta com três astronautas russos, dois americanos e um japonês.
A equipe recebeu ordens de se refugiar em duas cápsulas Soyuz na
eventualidade de a estação ser atingida, mas um porta-voz da Nasa
informou que eles receberam o sinal verde para regressar à estação na
madrugada do sábado.
O ''exercício de abrigo'', segundo o porta-voz, foi realizado ''com
extremo zelo e de forma muito cuidadosa''. Ele acrescentou que tudo
ocorreu ''como manda o figurino e o pequeno detrito passou pela Estação
Espacial Internacional sem que houvessem incidentes''.
A Nasa está atualmente rastreando cerca de 22 mil objetos que estão
percorrendo a órbita terrestre, mas a agência espacial acredita que
possam existir milhões de objetos rondando o espaço, como consequência
de décadas de programas espaciais.
Os detritos variam de tamanho, podendo ser desde pequenos objetos com
menos de 1 cm de comprimento ou até grandes pedaços de foguetes,
satélites que não operam mais ou tanques de combustível descartados.
Todos estes detritos que constituem o lixo espacial viajam a
velocidades de vários quilômetros por segundo e, numa eventual colisão,
podem provocar sérios danos à plataforma espacial ou a satélites.
Um dos eventos que provocou a maior criação de detritos se deu em
2007, quando a China usou um míssil para destruir um de seus próprios
satélites. A explosão criou mais de 3.000 detritos, que puderam ser
rastreados, e outras 150 mil partículas.
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