dispositivos móveis com conexões até 100 vezes mais rápidas do que as
atuais. Mas, no Brasil, a conversa é outra. As operadoras investem no
"meio do caminho" – ou até um pouco antes disso. Por aqui, a aposta do
momento são as redes 3G+. A novidade começou a ser implantada no final
do ano passado e, se realmente funcionar, deve oferecer mais velocidade e
estabilidade aos usuários.
Fábio Freitas é diretor do canal online da Vivo e
explica que o 3G+ "é um serviço de rede intermediário, uma evolução do
atual 3G. Ele permite que se ofereça ao cliente um serviço com mais
qualidade e velocidade em relação ao 3G que existe hoje".
O problema é que aqui no Brasil, mesmo depois de quase 8 anos em
funcionamento, o 3G ainda é muito instável e insatisfatório.
Pouquíssimas vezes o serviço atinge a prometida velocidade nominal de
conexão de 1Mbps.
Em teoria, o 3G+ suporta velocidade de até 21Mbps... Mas esse número
fica mesmo só na teoria, na prática, a velocidade é bem menor.
Resumindo, o 3G brasileiro é bem ruinzinho. O 3G+ não é grande coisa,
mas é um pouquinho melhor.
Fábio explica que na prática, como uma rede móvel,
não chegamos a essa velocidade: "Queremos prometer ao cliente o que
podemos entregar. O 3G+ consegue oferecer uma velocidade até 3 vezes
maior do que o 3G oferece", explica.
Em termos técnicos não há muita diferença entre o 3G e o 3G+. Nada foi
modificado na infraestrutura da rede já existente. A única coisa que as
operadoras precisaram fazer para oferecer essa versão melhorada do 3G
foi atualizar alguns softwares de rede antes de liberar o acesso aos
clientes. O lado bom da história é que algumas operadoras não cobram
nada a mais pelo novo serviço.
O 3G+ está disponível principalmente naqueles modens de conexão para
computadores pessoais. Mas o serviço também já pode ser usado em alguns
modelos de tablets e smartphones. Vale lembrar que para utilizar a rede
3G+, o aparelho deve necessariamente ser compatível com a tecnologia.
Para muita gente, o 3G+ é mera desculpa para justificar a inexistência
do 4G no país até hoje. Um dos motivos dessa demora é a lerdeza da
Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações, que vai determinar,
através de leilão de radiofrequência, as faixas de conexão 4G
disponíveis para uso pelas operadoras. O leilão estava previsto para
acontecer agora, em abril, mas as operadoras pressionaram pelo
adiamento, sob justificativa de poder explorar mais o 3G.
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