Antes de você responder à pergunta, é bom saber que a maioria
esmagadora dos usuários de internet no Brasil estão insatisfeitos com a
velocidade das conexões. E você: você acha que o dinheiro que você paga
pelo acesso vale a pena?
Perguntamos para algumas pessoas nas ruas e as respostas foram unânimes: Serviço com alto custo e péssima qualidade!
O problema é sério e, no ano passado, a Anatel, agência que regula as
telecomunicações, resolveu fazer alguma coisa. Colocar uma certa ordem
no barraco. Pelas regras aprovadas, a vida fácil das operadoras pode
ficar um pouco mais difícil.
Hoje, uma operadora pode vender a você um pacote de acesso à Web e
entregar apenas 10% da velocidade contratada. Ou seja, você pode até
pagar por 10 mega de conexão, mas a operadora pode entregar apenas 1
mega e está tudo certo. Pelas novas regras, esse valor mínimo de 10% vai
começar a subir. A partir de novembro desse ano, esse mínimo já terá de
ser 20%. E esse número precisa crescer nos próximos anos, alcançando o
mínimo de 40% em 2014. Quem não cumprir, pode ser multado em até R$25
milhões.
Se a velocidade vai subir lentamente, pelo menos uma novidade já está em
vigor. As operadoras são obrigadas a oferecer em seus sites medidores
de velocidade. Talvez seja para você ter certeza de que está recebendo
menos do que paga...
Brincadeiras à parte. Até esses medidores viraram um problema. O
software escolhido para medir a velocidade é este aqui, velho conhecido
dos internautas: o SpeedTest. E uma empresa de auditoria foi escolhida
para aferir a qualidade do serviço, a PriceWaterhouse. Mas, tem gente
dizendo que tudo continua errado. Uma dos críticos do esquema é o NIC.BR
– entidade ligada ao órgão responsável pelo registro dos domínios de
internet no Brasil.
Milton Kaoru, diretor de projetos do NIC.BR, diz que "o que está
sendo medido com o SpeedTest é a web, que é apenas um serviço. A
internet tem muito mais serviços que a web". Ele diz que isso é fácil de
mascarar, pois você não está medindo o serviço de comunicação de
multimídia. E ainda tem outro agravante: está na resolução que a medição
tem que ser feita do assinante até o ponto de troca de tráfego, o que
não está sendo feito: "O método que eles querem utilizar para a medição
não é adequado", diz.
Por enquanto, estamos falando de conexão à Internet via banda larga
fixa. Mas, também a partir de novembro, as operadoras móveis de 3G
também terão de oferecer medidores em seus sites. Pode apostar que vem
nova polêmica por aí.
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